A festa de Todos os Santos, segundo a tradição, foi colocada no dia 1º de novembro, logo após o 31 de outubro, porque as celtas ingleses, pagãos, celebravam as bruxas e os espíritos que vinham a se alimentar e assustar as pessoas nesta noite(Halloween).
Neste dia, a Igreja militante (que luta na Terra) honra a Igreja triunfante do Céu “celebrando, numa única solenidade, todos os Santos”, que São João viu no Apocalipse:
“Ouvi, então, o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel. Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé, diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão”.
“Esses são os sobreviventes da grande tribulação: lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro”. (Ap, 7, 4-14).
“Eles intercedem por nós sem cessar”, diz uma das nossas Orações Eucarísticas. Por isso, a Igreja recomenda que os pais põem nomes de Santos em seus filhos. A “Lúmen Gentium”, do Vaticano II, lembra que:
“Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio”.(LG 49) (956)
A igreja já canonizou mais de 20 mil santos, mas há muito mais que isto no Céu. No livro, “Relação dos Santos e Beatos da Igreja”, eu pude relacionar de várias fontes, quase 5mil deles.
Na Hora da morte, São Domingos de Gusmão dizia aos seus frades: “Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente, do que durante a minha vida”. E Santa Teresinha confirmou este ensino dizendo: “Passarei o meu céu fazendo bem na terra”.
O nosso Catecismo diz que: “Na oração, a Igreja peregrina é associada aos santos, cuja intercessão solicita”.(2692).
Cada um de nós é chamado a ser santo. Disse Concílio Vaticano II que: “Todos fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade” (LG, 40). Todos são chamados à santidade: Deveis ser perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito.(MT, 5,48)
Põe imagens de santos na sua casa. A Imagem é um sinal sacramental. Nós não adoramos a imagem, adoramos a Deus: Pai, filho e Espírito Santo. E nos ajoelhamos diante da imagem de um santo. Isto não quer dizer que estamos adorando-o, mas, pedindo-lhe a sua intercessão, o que é diferente de adorar. Os santos são exemplos, por isso devemos imitá-los, e ler as suas vidas.
Prof. Felipe Aquino – Escritor Canção Nova
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